quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Felicidade e o que mais vier

          


          Existe um momento na vida de todos nós, seres humanos, um doce momento, enlouquecedor talvez... Momento onde passamos a conhecer melhor aquilo que vai aqui dentro. É quando olhamos para uma pessoa e descobrimos que não queremos apenas estar perto dela. NÃÃÃÃO!!! Nós queremos mais: queremos tocá-la, sentir o calor do seu abraço, afagar seus cabelos, acariciar seu rosto, beijar seus lábios... E quando estamos longe, queremos saber como essa pessoa está, o que ela está fazendo... "Será que também está pensando em mim?" Ficamos olhando para o telefone à espera de um toque, olhando para o número e nos perguntando se devemos ligar ou não... Vem um friozinho na barriga, um medo de perder sem nem ter tido, uma alegria só em lembrar-se do sorriso mais lindo do mundo, uma vontade de rir à toa quando nos lembramos daquela voz suave... Só de ver a pessoa o coração sente vontade de saltar pela boca, as mãos suam e o rosto automaticamente forma uma expressão de alegria...  E quando descobrimos que o sentimos é correspondido, experimentamos uma felicidade do tamanho do universo... Parece que nada nem ninguém nunca vão conseguir nos tirar do céu estrelado onde estamos vivendo.

            Nesta fase os defeitos são inexistentes. Só conseguimos ver como a pessoa é maravilhosa, mil vezes ma-ra-vi-lho-sa! É o momento dos bombons com títulos apaixonados, dos buquês de rosas vermelhas, dos coraçõezinhos nos cadernos, das mensagens de texto desejando bons dias, boas tardes, boas noites, durma com os anjos, etc...

            Neste momento o universo também parece conspirar para que fiquemos cada vez mais apaixonados. Alguns detalhes curiosos podem ser observados, como por exemplo, aquela música que nem tocava tanto nas rádios e que a gente começa a ouvir em todos os lugares onde estamos. "Ai, a nossa música!" E o filme preferido dele ou dela passa segunda-feira na Tela Quente. A pessoa que está bem à sua frente na escada rolante do shopping está usando o mesmo perfume do ser amado... Assim  descobrimos que estamos ficando cada vez mais inebriados por este sentimento; que a presença daquela pessoinha já não é mais apenas desejada: é essencial! As pessoas nos olham e enxergam uma alegria intensa transbordando... Ain ain ...

               Paixão, amor ???

            Por que insistimos em tentar rotular a felicidade? Qualquer que seja o nome dado a essa coisa maravilhosa que é ter alguém com quem nos preocupemos e sabemos que se preocupa conosco, o importante é estar aberto para sentirmos e sermos transformados por este sentimento que só nos enobrece. O que vai acontecer depois disto é outra história. Você já viu alguém dizendo que não vai querer comer lasanha no almoço porque sabe que no jantar só vai ter arroz? Creio que não! Então, vamos aproveitar todos os momentos de felicidade e lutar para que esta seja infinda em nossas vidas. Caso um dia ela deixe de existir, existe uma coisa que ninguém nunca poderá nos tirar: o doce sabor da lembrança, pois SÓ QUEM JÁ VIVEU PODE RECORDAR!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Primeiras vezes e últimas chances

                    
          Esta frase pode até ser um clichê utilizado por muita gente ao longo dos anos. Uma frase gasta, alguém pode dizer... Mas é a pura verdade: A primeira vez a gente nunca esquece!

          Estava aqui pensando no que eu iria escrever como minha primeira postagem e eis que me veio esta frase à mente. Acabei recordando de muitas primeiras vezes da minha vida: o primeiro beijo (com aquele chiclete de tutti-frutti na boca), o primeiro e único tapa na cara, a primeira ida ao cinema, a primeira vez que amei de verdade e sofri por amor, a primeira vez que chorei por  ver alguém que eu amava partir para nunca mais voltar...

          É... Eu realmente poderia continuar e teria, com certeza, muitas primeiras vezes para recordar. Mas eu gostaria de lembrar aqui o meu querido Renato Russo, que em uma de suas letras, mais precisamente em "Teatro dos Vampiros" nos lembrou que a "primeira vez é sempre a última chance"... Outro dia estava sentado com alguns amigos jogando conversa fora e esta frase veio à tona. Nós então começamos a discutir o que ele quis dizer com isto... Última chance por quê?
 
          A verdade é que sempre estamos em momentos de "última chance"! Última chance de ser o melhor do que podemos ser quando decidimos fazer algo que sabemos não condizer com as virtudes que nos foram passadas ao longo da vida... Última chance de de amar quando saímos de casa e não temos a certeza se vamos voltar a ver aquela pessoa que deixamos ali atras da porta... Última chance de buscar a felicidade dando o nosso melhor, pois cada momento é único... Última chance de passar por cima do orgulho e resolver situações que ferem o coração...

          Talvez a questão da primeira vez ser a última chance esteja ligada ao fato de fazermos ou não... Como assim? Por exemplo: Você já disse hoje para seus pais, seus filhos, seu amor ... EU TE AMO! (???) Esta pode ser a primeira vez hoje, a primeira vez no mês, no ano ... em toda a sua vida ... E esta pode ser a última chance...

A verdade é que sabemos quando será a primeira vez, mas nunca sabemos quando será a última chance!